Fonte: Jornal contábil
Uma nova versão da Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) vem aí. A proposta de uma NFS-e nacional é interessante. E isso vale especialmente se você tem entre seus clientes prestadores que ainda emitem o documento no papel.
O que muda na Nota Fiscal de Serviço Eletrônica
A Nota Fiscal de Serviço Eletrônica não é nova. Ela estava prevista no Protocolo de Cooperação ENAT 01-2006, celebrado entre União, estados e municípios em novembro de 2006. Naquele documento, assinado na cidade de Fortaleza, era firmado o compromisso de implantação da NFS-e no Brasil.
Desde então, o que se viu foi a adoção gradativa do formato eletrônico da nota fiscal em prestação de serviços. Como ela se destina ao recolhimento do Imposto Sobre Serviços (ISS), que é um tributo municipal, cada prefeitura teve a liberdade de desenvolver seu projeto.
Na prática, muitas contrataram empresas para desenvolver o sistema disponibilizado ao contribuinte, com leiaute próprio. Apesar de não haver padronização, a NFS-e já cumpria com o objetivo inicial de gerar, emitir e armazenar eletronicamente o documento fiscal, a exemplo do que ocorria com a NF-e, a nota relativa a operações envolvendo a compra e venda de produtos.
É justamente na padronização nacional da NFS-e que está a principal novidade aguardada ainda para 2017. A expectativa é que, até dezembro, sejam lançados o emissor público de notas, o ambiente de dados nacional, a secretaria de finanças virtual e o portal nacional da NFS-e.
Como resultado desse projeto, desenvolvido de forma integrada pela Receita Federal do Brasil (RFB) e pela Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (Abrasf), a Nota Fiscal de Serviço Eletrônica deve chegar a contribuintes de todos os municípios, com um só leiaute e o mesmo padrão também de segurança da gestão tributária.
Oportunidades que a NFS-e nacional gera
Se você é um contador experiente, deve ter acompanhado de perto e participado junto ao seu cliente do processo de implantação da NF-e em estabelecimentos comerciais e industriais. Sabe, portanto, quais são as vantagens da emissão eletrônica do documento. Celeridade e organização são algumas delas.
Agora, o que se espera é que ocorra um movimento parecido com o daquela ocasião. Naturalmente, você deve estar próximo do cliente. É preciso informar sobre as mudanças e orientar quanto a alterações em seus procedimentos.
A princípio, é esperado que essa transição seja mais fácil do que a que ocorreu com a NF-e. Afinal, é bastante provável que seu cliente já tenha experimentado a emissão eletrônica da nota de serviços, embora com características diferentes do novo formato a ser adotado.
Mas uma demanda mais significativa deve surgir junto a contribuintes que ainda emitem a nota fiscal de serviços em papel. Essa é a realidade que persiste em muitos municípios brasileiros, sobretudo em cidades interioranas e de menor porte.
Isso sem falar da necessidade de guardar os arquivos em papel por cinco anos, atendendo a uma possível fiscalização. Se o contribuinte emite diversas notas como essa por mês, dá para imaginar a quantidade de pastas e caixas que isso gera.
Perceba aí como são bons argumentos para que a transição do sistema manual para o eletrônico ocorra de forma tranquila na empresa do seu cliente. A oportunidade se abre com a necessidade de orientá-lo nesse processo, mas pode ir além disso, como iremos explicar em seguida.
Integração contábil também com a NFS-e
A emissão em papel da NFS-e gera uma morosidade que atrapalha não apenas o dia a dia do seu cliente, mas principalmente do seu escritório. Se você atende várias empresas prestadoras de serviços que trabalham dessa forma, sabe o tempo que isso toma de você e da sua equipe para realizar a contabilidade.
É por razões como essa que os contadores têm muito a comemorar com a implantação da NFS-e nacional, ainda que com dez anos de atraso. Assim como acontece com a NF-e hoje, será possível apostar na integração contábil, recebendo eletronicamente as informações geradas pela emissão da notas.
Ao conectar seu sistema ao software de gestão do cliente, é possível importar as informações e realizar em minutos o trabalho que hoje leva horas. Não custa destacar o ganho em produtividade que isso pode gerar ao seu escritório.
Ao fazer mais em menos tempo, você também se torna apto a atrair mais clientes, já que amplia a capacidade de atendimento. E aí é matemática simples: mais clientes é igual a maior faturamento, que é um passo fundamental para o maior lucro, o qual pode ser reinvestido para o crescimento do escritório. Parece bom para você?
Saiba mais sobre a NFS-e nacional
A expectativa é de início do projeto piloto da versão nacional da Nota Fiscal de Serviço Eletrônica em dezembro deste ano. As primeiras cidades a participar devem ser Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Maringá (PR) e Marabá (PA).
Você pode acompanhar as novidades do projeto junto ao site do Sistema Público de Escrituração Digital. Desde já, é interessante que converse com o seu cliente sobre o que vem por aí.
De olho nas oportunidades
Neste artigo, apresentamos informações importantes ao seu escritório sobre a implantação daversão nacional e padronizada da Nota Fiscal de Serviço Eletrônica. Essa é mais uma etapa dentro do projeto federal de informatização das obrigações acessórias das empresas.
Podemos considerar a NFS-e nacional também como um exemplo claro do quão importante é o contador estar atento às oportunidades. Em um mercado concorrido como é próprio da contabilidade, quem se mantém atualizado e interessado nas novidades sempre sai na frente.
Fonte: Jornal contábil
Algumas coisas ainda não entendi:
Teremos um único ambiente para emissão de NFe e NFSe ou continuará separado conforme é hoje?
Para emitir uma NFe de produtos/serviços, utilizamos o WS da Sefaz da sua UF.
Para emitir NFSe de serviço, utilizamos o WS do provedor que atende àquela prefeitura.
Esses provedores continuarão prestando esse serviço ou será tudo dentro do WS da Sefaz da sua UF?
Obrigado,
Rogério.
Ainda não está certo como isso será feito, ainda é um projeto piloto sem muita coisa ainda definida, vão começar testes e adaptações em outubro se nada mudar, então somente depois disso para saber com certeza como será o ambiente.
Eu já havia sido informado sobre isso, mas pense bem, no Primeiro Modelo de NFE lá em 2007 há 10 anos atrás já estava previsto a Nota de Serviços ou a Nota Conjugada, sei que pela demora de repasse do ISS, as prefeituras adotaram cada um seu modelo de NfSe, prejudicando todas as softwares, pois cada um com suas regras, agora vem esse outro projeto, que provavelmente com a situação conturbada de nosso politica, só vai vinga em 2019, Realmente estamos vivendo um era de atrasos, ou tentando voltar ao que já estava quase pronto.Eu fico muito feliz com isso, mas por outro lado nos programadores e contadores, ficamos como ‘bobos’ nesse meio de vai em vem, de novas leis e regras.
Sempre houve a conversa sobre se adotar um padrão nacional para NFS-e, isso desde o início da NF-e em produção, mas nunca tinha-se falado em iniciar testes, diferente de agora, onde já temos datas para início de testes, então penso que já é um grande caminho andado, quanto a isso entrar em produção de verdade, ai é outra história. Vamos aguardar os próximos capítulos desta novela.