Se você achou que 2025 terminaria apenas com “chatbots mais espertos”, a notícia da última segunda-feira (29/12) mudou o jogo. A Meta (dona do WhatsApp, Instagram e Facebook) anunciou a aquisição da Manus, uma startup que nasceu na China e se consolidou em Singapura como a líder em Agentes de IA de propósito geral.
O movimento não é apenas mais uma aquisição; é a terceira maior da história da Meta (atrás apenas de WhatsApp e Scale AI), estimada em mais de US$ 2 bilhões. Mas por que isso importa para quem desenvolve software e busca produtividade?
O que é a Manus e por que ela é diferente?
Diferente do ChatGPT ou do Claude, que focam em responder perguntas, a Manus foi desenhada para executar tarefas. Ela é o que chamamos de “Execution Layer” (Camada de Execução).
Imagine um agente que não apenas explica como fazer uma pesquisa de mercado ou como criar um site, mas que efetivamente abre o navegador, pesquisa, analisa os dados, gera o código, configura o banco de dados e coloca o projeto no ar. Sozinho.
Os números que impressionam:
- Crescimento Explosivo: A Manus atingiu US$ 100 milhões em receita recorrente (ARR) em apenas 8 meses após o lançamento.
- Autonomia Real: O agente supera ferramentas como o Deep Research da OpenAI em benchmarks de tarefas complexas (como o GAIA).
- Capacidade: Já processou mais de 147 trilhões de tokens e “criou” mais de 80 milhões de computadores virtuais para executar suas tarefas.
A Visão: “Personal Superintelligence”
Mark Zuckerberg tem falado obsessivamente sobre construir uma Superinteligência Pessoal. Com a chegada da equipe da Manus (liderada pelo CEO Xiao Hong, que agora assume como VP na Meta), o objetivo fica claro: integrar esses agentes ao WhatsApp e aos óculos inteligentes (Ray-Ban Meta).
Para o usuário final e para o desenvolvedor, o ganho de tempo é o foco central. Em vez de você gastar horas em tarefas repetitivas de “braço”, você delega para um agente que tem autonomia para navegar na web e usar softwares como um humano faria.
O Impacto no nosso ecossistema
Por que estamos falando disso aqui no blog? Porque a tendência é clara: menos código manual e mais orquestração. Assim como vimos no post sobre o Dext Framework e sua solução de Database as API, o mercado está se movendo para eliminar o “trabalho de base”.
- O Dext automatiza a infraestrutura de dados para você digitar menos código de backend.
- A Manus (agora dentro da Meta) vai automatizar fluxos de trabalho inteiros para que você foque apenas na estratégia.
Vale o Alerta: O Desafio Ético e Técnico
A aquisição já levanta sobrancelhas em Washington e Pequim devido às origens chinesas da Manus. Além disso, tecnicamente, a Manus é conhecida por ser um “wrapper” de altíssima eficiência que combina modelos como o Claude (Anthropic) e Qwen (Alibaba) com uma camada de execução proprietária. Isso prova que quem domina a execução domina o mercado, independentemente de quem criou o modelo de linguagem base.
Conclusão
A era da IA que apenas conversa está dando lugar à era da IA que faz. Para nós, desenvolvedores e entusiastas de tecnologia, o recado é direto: as ferramentas que automatizam o “trabalho chato” estão se tornando o padrão ouro.
A pergunta não é mais se a IA vai escrever seu código, mas sim quão rápido você vai delegar as tarefas repetitivas para ela para focar no que realmente gera valor.
E você? Já usou algum agente autônomo ou ainda está no “copia e cola” do ChatGPT? Deixe sua opinião aqui nos comentários!
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